Dentre as 27 capitais brasileiras, Florianópolis se destaca por ser a mais segura do país. A informação é do Atlas de Segurança 2024, divulgado nesta terça-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O principal indicador considerado pelo estudo é a taxa de homicídios por 100 mil habitantes. Na capital catarinense, este número é de 8,9, no outro extremo da pesquisa, em Salvador (BA), a estimativa é de 66,4.
No mapa das cidades que concentram metade dos homicídios do país, a única capital que não consta é Florianópolis. Com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,847, a cidade é lembrada pela qualidade de vida e suas paisagens turísticas. De acordo com a pesquisa, ocorreram 48 casos de homicídio na capital no último ano. O número é o menor absoluto entre capitais, além de ser o menor registrado em Florianópolis na última década.
“Nem sempre foi assim”, relata Araújo Gomes, Secretário de Segurança e Ordem Pública de Florianópolis, ao lembrar que até 2017 os números eram altos e cresciam anualmente, mas que desde 2018 os índices apresentam redução a cada ano. “Nossa principal vantagem nesta guerra é a qualidade e integração das forças de segurança entre si e destas com a Prefeitura. Se por um lado a atuação policial qualificada fortalece a prevenção e repressão aos crimes mais graves, a Prefeitura atua em outras duas frentes, combatendo os fatores de desordem urbana e fortalecendo o capital social nas comunidades”. Assim, enquanto as rondas, operações, investigações e fiscalizações combatem o crime presente e os previne no futuro próximo, os investimentos em saúde, educação, trabalho e renda garantem cada vez menos violência.
Para o prefeito de Florianópolis Topázio Neto, o resultado deve ser comemorado e os indicadores devem continuar a melhorar, mas vencido o desafio da criminalidade violenta, o foco é “reduzir cada vez mais os incidentes de desordem e microcriminalidade, fortalecendo a sensação de segurança e consolidando-a como fator de atração e retenção de investimentos na nossa cidade.”