Jorginho Mello bagunça a educação de SC
Pra lá de questionáveis as decisões do governador Jorginho Mello (PL) na área educacional neste início de governo. Ao esvaziar o Bolsa Estudante e criar uma demanda que não existe através do Universidade Gratuita, o governador mostra desconhecimento do setor no Estado e estranhos indícios escusos.
Qualquer conhecedor do setor em SC sabe que nosso maior problema reside justamente no ensino médio. A qualidade de ensino é para lá de questionável, deixando o Estado abaixo em índices educacionais em relação a outros estados, até menos desenvolvidos que SC. Além da qualidade no ensino, a evasão escolar também atrapalha em muito.
Foi para combater a evasão escolar que o governador Carlos Moisés criou ano passado o Bolsa Educação. Visava garantir recursos aos jovens de famílias carentes, para que estes não deixassem os estudos para trabalhar. Neste segundo ano do programa, Jorginho Mello assume e com uma canetada reduz de 60 mil para apenas 10 mil a quantidade de bolsas.
O pior foi a justificativa. O atual governo chegou a levantar suspeitas de irregularidades, sem apresentar provas, e disse também que o programa não atende o objetivo. Mas como pode fazer essa avaliação de um programa que vai para o segundo semestre de funcionamento? E quais soluções apresenta o atual governador para simplesmente acabar com o programa, através de sua desidratação?
Universidade Gratuita X Artigo 170
Paralelo ao desmantelamento do Bolsa Estudante, Jorginho Mello prepara o anúncio do Universidade Gratuita. Uma promessa de campanha, que nem precisava ter sido feita, visto que ganhou apenas por ser o candidato do Bolsonaro, candidato do número 22. Agora, para cumprir a tal promessa prepara um programa que vai atender em cheio o Sistema Acafe, as universidades associadas, inclusive a Unoesc, de seus amigos de Joaçaba e do Meio-oeste.
Mais uma vez Jorginho mostra que não sabe nada de educação. O seu programa já existe. Em tese atente pelo Artigo 170, que basicamente é o repasse de recursos do Estado para custear bolsas de estudo nas universidades do Sistema Acafe.
No governo passado, Moisés, além de colocar em dia os repasses, ainda deu uma boa engordada no volume de bolsas. Conversei com lideranças de universidades que diziam uma coisa só durante a campanha: basta que o novo governador mantenha essa sistemática de pagamentos em dia e já está ótimo. Está sobrando dinheiro para bolsas de estudo. Tem universidade que está em busca de alunos, porque sobram bolsas.
Claro que o artigo 170 não compre integralmente todos os cursos. Até porque é um programa de suporte. Agora Jorginho quer pagar todos os cursos do Sistema Acafe. O valor investido vai chegar em R$ 2 bilhões, diz o governo, no ano que vem. O dinheiro público que pagará o ensino em um mês de um aluno de medicina, por exemplo, ajudaria a manter em sala de aula quantos alunos em situação vulnerável social e econômica no ensino médio? Jorginho vai pagar universidade para quem tem condições de pagar e deixar de ajudar no ensino de base estudantes carentes.
Essa parceria Jorginho-Sistema Acafe ainda vai dar muito o que falar! Posso estar errado, mas creio que mais para mal que para bem!
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E os nossos?
O vereador Jeferson Backer (PSDB) mostrou preocupação em relação ao Universidade Gratuita do governador Jorginho Mello (PL). Ele lembrou que o programa vai torrar R$ 2 bilhões com o Sistema Acafe, mas, sua preocupação é que o Sistema Acafe não existe na Grande Florianópolis. “E as nossas pessoas carentes aqui, como serão atendidas”, disse.
Ed, o nome do União Brasil
Como adiantei com exclusividade, reunião nesta segunda-feira (27) da Executiva do União Brasil referendou o nome do ex-vereador, Ed Pereira como o nome do partido para as tratativas com o objetivo de compor chapas majoritárias nas eleições municipais do ano que vem. A tendência é que Ed dispute a indicação para compor como vice do atual prefeito Topázio Neto (PSD).
O ex-prefeito Gean Loureiro, presidente do partido, explica que o partido é base do prefeito Topázio e não faria sentido buscar um projeto contrário ao atual prefeito. O próprio Ed faz parte da atual administração, é o atual secretário de Cultura, Esporte e Turismo da Capital.
Vices
A verdade é que Gean Loureiro escolheu bem seu vice que está sabendo se posicionar politicamente e está com uma candidatura à reeleição já posta na mesa. A disputa vai ser pela indicação do seu vice. Também já escrevi que o PL, através do governador Jorginho Mello tenta se aproximar para indicar o vice e está adiantada nesta disputa a vereadora Maryanne Mattos.
Mas, além de Ed e da vereadora há outros nomes, como o próprio vereador Gabrielzinho, do Podemos. Todos os três nomes são da base da atual administração. Problema deles é que na política não existe pré-candidatura a vice, você se lança a prefeito para lá na frente se tornar vice. Mas como se lançar a prefeito fazendo parte da base de outro prefeito. Situação estranha na política local.
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Jorginho e Topázio
Anda mais que afinado o namoro entre o prefeito Topázio Neto (PSD) e o governador Jorginho Mello (PL). Na inauguração da praça do Forte de São Luiz, semana passada, o senador Esperidião Amin (PP) brincou com o prefeito que ele tem que cobrar o “aluguel” do governador, pelo fato do Governo de SC ter suas instalações em Florianópolis. Topázio mostrou que entendeu a ironia e respondeu rapidamente que o governador está em dia com os pagamentos.
Não por nada Jorginho participou ativamente dos atos do aniversário da Capital, na inauguração da Escola do Rio Vermelho, cuja obra tem parte de recursos do Estado, na praça de São Luiz e outras ações.
Nesta terça (28), no final do dia, prefeitura e Estado inauguram a Policlínica da Mulher e da Criança. Mais uma ação fruto da parceria. A Policlínica da Mulher e da Criança de Florianópolis, conta com a parceria da Secretaria de Estado da Saúde, e vai auxiliar na redução das filas de espera no Hospital Infantil Joana de Gusmão e na Maternidade Carmela Dutra.
Picolé de côco, o pretexto
Mas, não é só para o lado do PL do governador que Topázio Neto mira seu olhar. Também na inauguração da praça do Forte de São Luiz, o prefeito fez questão de entregar uma caixa com picolés de côco ao senador Espiridião Amin (PP), que os adora. São famosos os picolés que eram feitos pelo pai do prefeito, em um estabelecimento ali ao lado da praça em uma Floripa de outros tempos. Esses que o prefeito entregou ao senador foram feitos pela sua própria mãe. Amin lembrou com saudosismo daquele tempo. Segundo ele, o picolé do pai do Topázio era famoso e era uma forma de substituir a cervejinha e tinha que ser mastigado e não chupado, pela quantidade de côco que vinha. Será que com os picolés o prefeito atingiu o coração do senador com vistas a 2024?
Apae da Capital
A Câmara de Florianópolis estuda fazer um repasse para viabilizar uma ampliação da estrutura da Apae na Capital. A proposta foi debatida em plenário pelos vereadores nesta semana em que o presidente da entidade, Ricardo Mendonça, fez uso da tribuna a convite do presidente, João Cobalchini (UB), para falar da situação atual dos serviços ofertados. O repasse se daria no final de ano, quando tradicionalmente o Legislativo devolve sobras pra o Executivo. A ideia é devolver o dinheiro e junto a sugestão de investimento, na Apae.
Festa da elite
Totalmente elitizada a programação da Festa de Aniversário de Florianópolis. Maratona Cultural, show com Gilberto Gil, são atrações para intelectuais, gente do asfalto. Até o Dazaranha veio acompanhando por uma Camerata. Faltaram atrações para o povo, para o morro, para os bairros. Quem sabe ano que vem, que é ano eleitoral, o povo seja lembrado.
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