MDB foca na vida real
O comando estadual do MDB esteve reunido na última sexta-feira (14) em Fraiburgo, para empossar os 36 coordenadores regionais e discutir ações em relação às eleições municipais de 2024. A sigla, com cerca de 100 prefeitos, mais de 800 vereadores e inúmeras outros espaços que ocupa, é sempre referência para o MDB Nacional. Tanto que o presidente nacional, deputado federal, Baleia Rossi fez questão de estar presente.
Chamou a atenção no encontro o choque de realidade das lideranças do partido. Passada a eleição nacional quando o País se dividiu entre Lula e Bolsonaro, entre o PT e o PL, agora o MDB começa agir para deixar de ser sigla de aluguel para lideranças dessas duas vertentes. O MDB é partido de centro como sempre foi. Mais que isso, é partido de bandeiras reais, de necessidades palpáveis da população, como saúde, educação e infraestrutura. Não dança com a loucura da política atual, animada por videozinhos virais nas redes sociais.
No discurso dos comandantes da sigla, como os deputados federais, Carlos Chiodini e Valdir Cobalchini (presidente e vice-presidente estadual respectivamente) quanto do presidente da Alesc, Mauro de Nadal e outras lideranças, o partido deve focar em buscar recursos no governo federal e estadual e ficar longe da disputa entre PT e PL.
Só para citar, no governo Federal, o partido tem Simone Tebet com o Orçamento do País na mão, tem Renan Filho dos Transportes e no poderoso Ministério das Cidades tem Jader Barbalho Filho. Só falta o partido aqui no Estado não capitalizar com essas portas abertas porque bolsonaristas fanáticos realizam milicia digital. Uma coisa é a guerra de narrativa das redes sociais com pautas identitárias e de costumes. Outra é a vida real das pessoas. O Estado precisa de recursos federais.
Mudança na Educação de São José
A prefeitura de São José tem uma nova secretária municipal de Educação. Sai Maria Helena Kruger e entra Roseméri Bartuckeski. Fontes próximas ao prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD) informam que a mudança já era esperada, programada há algum tempo. Além de questões técnicas, a substituição agrega no aspecto político. Roseméri deve ser uma forte candidata a vereadora no ano que vem, tendo a educação como bandeira.
Caiu porque estava madura
Pouco após o anúncio do governo de São José sobre a substituição da Secretária de Educação, choveu postagens de vereadores vendendo a narrativa de que a secretária caiu por pressão do Legislativo. Recentemente, (veja mais aqui) os vereadores convocaram a agora ex-secretária, Maria Helena Kruger, para dar explicações sobre vários aspectos no plenário da Câmara.
Entre outros pontos, a chiadeira maior era pela exigência de comunicação antecipada para que os vereadores adentrassem às escolas municipais. Lembrando que o protocolo para ingresso nas escolas ficou mais rígido em todas as escolas do Brasil, diante do massacre recente na creche de Blumenau. Em São José não é diferente, e isso incomodou alguns vereadores que acham que podem tocar o pé na porta e entrar em qualquer ambiente público sob o pretexto de fiscalizar. Tudo tem limite, e o ambiente pedagógico deve ser respeitado.
Bem, para surpresa zero, a queda da secretária não está ligada à sua convocação pelo Legislativo, não que sua articulação política fosse relevante, pelo contrário, tanto que caiu. Fato é que Maria Helena Kruger caiu porque estava madura para cair, só isso.
Gestão humana
Roseméri Bartuckeski assume a Educação de São José com a missão de humanizar ainda mais o setor. “Não venho para romper nada, venho para dar continuidade e melhorar o que dá para melhorar”, disse nesta terça (18) em entrevista à CBN.
Com 37 anos de experiência na gestão pública e com uma última passagem pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Rose tem condição de fazer um bom trabalho na pasta. Tem como foco cuidar do corpo técnico e dar continuidade aos ensinos de base e fundamental, bem como nortear os R$ 40 milhões que a prefeitura tem em investimentos na área. O pedido do prefeito Orvino: ‘buscar novos projetos e ações’ será seu mantra.
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Michel e o MDB
O vice-prefeito Michel Schlemper MDB) assumiu a prefeitura de São José em ato na sexta-feira (14). É a segunda vez que o prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD) passa o comando do município. Já cansei de enaltecer a parceria entre os dois, real combustível da vitória na eleição passada, que continua azeitada e forte. Agora no MDB Michel é inclusive vitrine para o partido. Figura nova, tem que ser respeitado dentro do jogo partidário, afinal, comanda a quatro mãos uma das principais cidades do Estado. O MDB sabe disso. Tanto que o presidente estadual da sigla, deputado federal, Carlos Chiodini falou por telefone com Michel, transmitindo-lhe o desejo de sucesso e prometendo uma visita.
Recesso
Estamos em recesso parlamentar de meio de ano na Capital. Desde a legislatura passada o vereador de Florianópolis, Maycon Costa (PL) tentar apresentar uma proposta para dar fim a essa regalia. Até hoje não conseguiu sequer que a ideia fosse à votação em plenário. Por que será?
Cobalchini traça metas
O presidente da Câmara de Florianópolis, João Cobalchini (UB), já tem suas principais metas para o segundo semestre. Uma delas é focar esforços para apreciação e votação do Pacto pelo Saneamento, proposta enviada há algumas semanas pelo prefeito Topázio Neto (PSD). Cobalchini explica que recentemente os vereadores aprovaram o Plano Municipal de Saneamento e agora com o Pacto a ideia é dar condições legais para que na prática a cidade realmente comece atacar a problemática da falta de saneamento na cidade. Para ele é uma vergonha a cidade ter só 60% de cobertura de coleta de esgoto. A Casan tem que dar explicação e cumprir o contrato. Mas, ao município não cabe ficar esperando. Por isso a importância de a Câmara dar as condições legais para as ações.
Cobalchini traça metas (II)
A outra meta do presidente Cobalchini é um dilema herdado por qualquer vereador que assuma o comando de um Poder Legislativo. Em geral, a população não acompanha o dia a dia da Casa. Só aparece para xingá-los quando algum projeto estapafúrdio é aprovado. A plateia das sessões ordinárias, por exemplo, é composta por uma meia dúzia de assessores, que são pagos para isso e estão ali cumprindo seu papel, e tem um quórum mais robusto apenas quando há algum projeto mais polêmico ou que mexa com os direitos de alguma categoria. Mas, isso não é má vontade da população, até porque as pessoas estão trabalhando e tocando suas vidas nos horários das sessões.
Exatamente por isso a ideia do presidente Cobalchini neste segundo semestre é levar o Legislativo até os bairros. Popularizar sua atuação. Simplificar a explicação de suas funções. Desmistificar seu rito. É também sua intenção, nessas incursões, levar um leque de serviços e ações que podem beneficiar as pessoas. Pessoas estas que não têm tempo para ir acompanhar uma sessão da Câmara, mas também não têm tempo para fazer um documento, consultar um jurídico ou outra ação social e a Câmara pode lhe encurtar esse acesso. Em outras palavras Cobalchini quer dar ao povo o que é do povo. Se a Casa é do povo, com o povo deve estar.
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Posse no BRDE
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) realiza nesta quinta-feira (20), às 10 horas, a cerimônia de posse do diretor-presidente, João Paulo Karam Kleinubing, e do diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, Mauro Mariani. A ocasião contará com a presença do Governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, além de outras autoridades e representantes de instituições públicas e privadas.
O evento será realizado na sede do BRDE, no Auditório do 13º andar, localizado na Avenida Hercílio Luz, 617, Centro, Florianópolis/SC. A cerimônia também será transmitida, em tempo real, pelo canal oficial do BRDE no Youtube.
Números
Oficialmente, no domingo, 16 de julho, começou o recesso legislativo que segue até dia 31 na Câmara de São José. Prestando contas para os munícipes, a Mesa Diretora apresenta os números do 1º semestre de 2023.
VEJA OS NÚMEROS
– 4218 Indicações
– 46 Sessões Ordinárias
– 7 Sessões Extraordinárias
– 5 Rodas de Conversa
– 7 Reuniões com Executivo, presidentes de Câmaras de Vereadores da Grande Florianópolis e demais autoridades realizadas na CMSJ
– 5 Audiências Públicas
– 90 Projetos de Lei Ordinária
– 14 Projetos de Lei Complementar
– 24 Resoluções da Mesa Diretora/Presidência
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