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Médica do Imperial Hospital de Caridade é a primeira mulher a realizar cirurgia robótica em Florianópolis

A cirurgia robótica permite movimentos articulados superiores aos da videolaparoscopia tradicional.

Procedimento de retirada da vesícula foi realizado com o robô Versius Florianópolis teve a primeira cirurgia robótica realizada por uma mulher nesta segunda-feira, 15 de maio, no Imperial Hospital de Caridade (IHC). A cirurgiã do Aparelho Digestivo e cirurgiã Bariátrica do Grupo Baía Sul, Rochele Barcelos Prá, é a primeira mulher a utilizar esse método na capital catarinense.
O procedimento realizado foi uma videocolecistectomia robótica, que é a retirada da vesícula, de uma paciente de 56 anos. A cirurgia foi escolhida por conta de um desconforto abdominal após a ingestão de alimentos, além do diagnóstico de colelitíase (pedras na vesícula) da paciente.
A cirurgia robótica permite movimentos articulados superiores aos da videolaparoscopia tradicional. “Com o robô, conseguimos obter maior precisão devido à amplitude de movimentos das pinças robóticas e a visão 3D. Neste caso, dissecamos estruturas delicadas e importantes, junto ao fígado e vias biliares, e quanto maior a precisão, melhor para os médicos e pacientes”, afirma a cirurgiã.
Os preparativos para que a médica pudesse operar com o robô Versius, utilizado neste procedimento, foram realizados na capital catarinense, no Centro de Treinamento de Cirurgia Robótica, situado no Imperial Hospital Caridade. “Foram várias etapas, que incluíram aulas teóricas, estudos, horas e horas de treinamento em simuladores, com

As cirurgias são realizadas na sala própria de cirurgia robótica do IHC, envolvendo uma equipe especializada em robótica, como técnicos de enfermagem, instrumentadoras, enfermeiras, engenheiro, anestesista e os cirurgiões.
Além de ser a primeira mulher a realizar uma cirurgia robótica na capital catarinense, a médica também é a 10º no Brasil a realizar o procedimento com a utilização do robô britânico. “Me sinto surpresa com relação a ser a primeira mulher, e também sinto bastante orgulho de estar entre os primeiros cirurgiões a realizarem a cirurgia robótica com o robô Versius a nível nacional. Além disso, há os benefícios de poder oferecer mais essa opção aos pacientes no consultório. Acho incrível o incentivo do hospital para a cirurgia robótica. Não acredito muito em modelo de trabalho médico distante, de profissional inacessível, especialmente na cirurgia. E se o paciente que saía de Florianópolis para realizar uma cirurgia robótica fora daqui, em São Paulo, por exemplo, perdia em termos de assistência, de contato humano e empático no pós-operatório, agora ele pode ter também essa parte. Pra mim, ter sala de cirurgia robótica e treinamento para isso significou um marco para a nossa cidade, ao unir tecnologia de ponta e atendimento humano em Florianópolis”, conclui a médica.
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