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Moradores comemoram mais segurança nas ruas com Base da PM em Campinas

Com pouco mais de 20 dias de funcionamento, unidade presenta resultados positivos na prevenção de crimes em São José.

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O aposentado, Júlio Almeida, 62 anos, reside há 11 anos em Campinas, e está percebendo o aumento do fluxo de viaturas da Polícia Militar na região, afastando principalmente andarilhos. “Deu uma aliviada, passa uma sensação de segurança. Tem que haver mais policiais nas ruas”, constata.

Assim como o aposentado, outros moradores dos arredores de Campinas e Kobrasol começam a se sentir mais seguros. Isto se deve à inauguração da base operacional da Polícia Militar, no início deste mês, atendendo reivindicação de 12 anos da comunidade, que agora vê maior número de viaturas circulando pelas ruas.

O prédio onde funciona a Base Operacional foi cedido pela Prefeitura de São José com objetivo de garantir essa segurança nas ruas da região. A nova estrutura reúne no mesmo espaço Corregedoria, Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), Rede Catarina e 1ª Companhia do 7º Batalhão de Polícia Militar.

A cabeleireira Maria Aparecida Marciano Alexandre, 58, também manifesta satisfação com a nova base da Polícia Militar. “Há 20 anos tenho comércio aqui e a presença da Polícia na rua transmite maior segurança. Isso é um fato, há mais segurança com a base, mas como
faz pouco tempo de sua instalação, acredito que futuramente haverá mais policiais na região.”

Presença inibe atividades ilegais

O comandante da 1ª Companhia do 7º Batalhão, capitão Francisco Otávio Lemos da Cunha, explica que a base reforça o quadro de segurança na região, uma vez que o aumento do fluxo de viaturas e de policiais inibe atividade ilegais. Ele lembra que após 12 anos de
reivindicação, por meio de uma parceria com a Prefeitura, a Policia Militar estará mais presente e que apesar de não haver números oficiais, já há um sentimento de mais segurança. “Além da guarnição da Companhia, tem outras companhias que estarão presentes, devido a Corregedoria estar funcionando aqui.”

A base funciona 24h, com o Proerd atendendo por volta de 400 crianças, com expediente diário; a Rede Catarina de Proteção à Mulher, que atende em média 2 mil mulheres, com horário comercial específico; a Corregedoria que atende todas as companhias do 7º Batalhão. “Nós não atendemos apenas os bairros Campinas e Kobrasol, onde estamos
presentes, mas todos bairros entre o município de Palhoça até o limite com Biguaçu.”

O capitão Otávio revela que com a base já foram reduzidos registros de furtos, roubo, perturbação da ordem e até casos de suicídios. “Um dos casos que conseguimos resolver foi a prisão do maior ladrão de mangueiras de combate a incêndio na região. Numa parceria com a Promotoria Público e com Justiça, conseguimos o mandado de prisão e
em 48h prendemos ele, que estava com a tornozeleira eletrônica arrebentada. Ele furtava as mangueiras para trocar por drogas, imagine os condomínios sem as mangueiras de combate ao incêndio.”

O imóvel está localizado na Rua Margarida de Abreu, esquina com a Avenida Cruz e Souza e tem uma área construída total de mais de mil metros quadrados.

Moradores de rua

Segundo o comandante, o maior problema existente em Campinas e Kobrasol são os pequenos furtos cometidos por moradores rua. “Esse é o nosso maior problema, e que transcende a atuação policial. Envolve questões sociais, já que envolve usuários de drogas, que fazem esses furtos para comprar drogas. É algo que impacta bastante, nós realizamos uma abordagem direta, temos uma guarnição que trabalha com isso diariamente, só que a questão da percepção penal não depende apenas da Polícia Militar. Dou exemplo, um indivíduo comete um furto essa noite, pego o vídeo e identifico ela, daí esse indivíduo passa aqui, na nossa frente, só que não podemos prender ele em flagrante. Mesmo
que tenhamos prova, que eu saiba que foi ele, mas não é mais flagrante”, explica.

Ele complementa que, caso a Polícia pegue esse indivíduo com algum objeto de origem duvidosa, ele é levado preso, mas se não houver vítima para fazer a denúncia, ele será solto. “Muitas vezes, levamos ele preso, temos a vítima, mas na audiência de custódia acaba sendo solto, por ser um crime considerado como insignificante. Então, é algo que transcende a atuação da Polícia Militar, mas cumprimos com a nossa parte”.

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