A Orquestra Filarmônica Catarinense (OFiC) se apresenta em um formato único em Santa Catarina e no Brasil nesta sexta-feira (13), às 16h, na Terra Indígena Pira Rupa Massiambu, em Palhoça. A apresentação conjunta une a Formação de Cordas da OFiC e o Coral Nhamandu Jexaka, a fim de promover um amplo intercâmbio cultural e diálogo social. O evento tem entrada gratuita e é uma grande oportunidade de conhecer mais sobre os povos originários e entender melhor as nossas origens.
Com um repertório que inclui alguns clássicos da música ocidental, a partir de obras de Villa-Lobos, Holst, Frigatti, Piazzolla, Tayo e Strauss e as composições tradicionais dos habitantes da comunidade como Jaguata, Nhanderu Tupa e Nhande Ka’agui, o concerto multicultural promete uma experiência única a todos os espectadores. “Ouvir, unir, compartilhar e aprender. É com esse mantra que entramos na Terra Indígena Pira Rupa para participar desse diálogo entre povos, culturas e modos de vida e cultivar outros olhares sobre a nossa terra e nosso futuro. Ficamos extremamente honrados e felizes em darmos esse passo na construção de pontes entre diferentes saberes, vivências e perspectivas de mundo por meio da música”, diz Pablo Rossi, pianista e diretor artístico da OFiC.
A iniciativa tem o apoio do departamento da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica e Ação Saberes Indígenas na Escola, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), para promover a aproximação entre povos. “O objetivo dessa interação entre a Orquestra e a comunidade Pira Rupa Massiambu consiste em reelaborar percepções e desenvolver novas relações culturais, sociais e simbólicas por meio da música e da troca de experiências. Encorajar esse tipo de encontro é uma maneira de integrar outros tipos de cosmovisões em nosso cotidiano”, afirma a Profa. Edviges Ioris, coordenadora do Curso Licenciatura Intercultural Indígena da UFSC.
Na avaliação do cacique Marco Antônio Oliveira Silva, a vivência permite o diálogo milenar entre tradições. “A música permite uma conexão direta com nossas crenças, histórias e com a memórias de nossos ancestrais. Quando a combinamos com obras de autores clássicos do Ocidente, estimulamos um diálogo transcendental que irá ecoar na maneira como olhamos e mudamos o mundo“, conclui.
A Orquestra Filarmônica Catarinense conta com o incentivo das empresas Ciser, Diamante, Distlé, Engie, Multilog e Portobello, por meio da Lei Rouanet, além do apoio da Fundação Galeto’s, Instituto Pedra Branca e Central Floripa.
Sobre a Orquestra Filarmônica Catarinense (OFiC)
Acreditamos que somar é a solução mais inteligente para criar um futuro melhor. Pensando nisso, a OFiC está criando ações que serão capazes de incentivar mais Inclusão e Sustentabilidade, usando a Música e as Artes como ferramentas para isso.
A Orquestra Filarmônica Catarinense (OFiC) atua com uma proposta de democratizar a música de concerto, integrando continuamente ações educativas, sociais e conscientização ecológica. Além do repertório sinfônico clássico, a OFiC valoriza a prática de música de câmara, com programas musicais diversificados e promove o desenvolvimento abrangente dos músicos.
Inovamos no formato de nossos programas musicais temáticos, envolvendo nossa plateia e convidando os ouvintes a participarem no processo de performance, seguindo o conceito “musicking”.
Além disso, valorizamos a formação artística individual dos músicos, oferecendo projetos que incluem oficinas musicais, apresentações solo e em grupos menores, proporcionando um ambiente que incentiva o crescimento artístico.