Polêmica na mudança da UPA Sul
Disparada a decisão mais polêmica do governo Topázio Neto (PSD) – a mudança da UPA do Sul da Ilha para o antigo Aeroporto, onde será instalada também o Hospital Dia – tem gerado muita discussão.
Final de semana moradores das redondezas de onde a UPA está localizada atualmente, ao lado do Terminal de Integração do Rio Tavares (Tirio), protestaram na SC-405.
O vereador Maikon Costa (PL) apresentou um requerimento na Câmara, pedindo uma audiência pública para debater a mudança com a comunidade e conselhos técnicos. O pedido foi rejeitado na sessão desta terça (11). Maikon disse que seu pedido foi rejeitado pela segunda vez e nesta votação viu a mudança favorável de alguns vereadores e por isso, vai reapresentar o requerimento novamente, já nesta sessão de quarta (12).
O prefeito Topázio argumenta que a ideia de acomodar as estruturas da UPA e do Hospital Dia em um só local facilitará o atendimento aos moradores. Outra questão é o estado de conservação da UPA. Pelo tempo de uso do prédio, necessitaria com urgência de uma ampla e profunda reforma para poder continuar sendo usada para atendimento de saúde pública.
O líder de Governo, vereador Renato Geske (PSDB), lembra que o atual prédio da UPA precisa de uma reforma completa, que hoje, em uso, não pode ser realizada. Em sua opinião, após sua desocupação, poderá ser amplamente reformado e direcionado seu uso para outro equipamento público, como assistência social ou uma delegacia.
Lembrando que a UPA Sul já passou por quatro contratos de reforma, inclusive com previsão de ampliação, não finalizados.
Jogos da Avaí e mobilidade
Quem é contra a mudança da UPA Sul para o antigo Aeroporto tem vários argumentos. O principal deles é a distância. Principalmente para quem mora na região onde a UPA está localizada atualmente, bem como para quem mora em áreas como a Costeira e população do Leste da Ilha que também procura lá seu atendimento.
Mas, um dos principais argumentos é a mobilidade urbana. Em dias de jogos do Avaí, por exemplo, o acesso ao equipamento de saúde ficaria completamente comprometido. Ambulâncias com pacientes em emergências ficaram presas nas filas. Para os pacientes do Hospital Dia tudo bem, pois são serviços eletivos, agendados. Mas e para pacientes da UPA, em geral, com emergências.
A vereadora Carla Ayres (PT) também pontua a preocupação dos moradores de bairros próximos ao Aeroporto, como Carianos, com relação ao impacto de vizinhança que a mudança pode trazer para a região. Carla ainda lembra que recentemente o Conselho Municipal de Saúde, que tem papel deliberativo e autorizativo, emitiu resolução, apenas com dois votos contrários da Secretária de Saúde e de outra servidora ligada à pasta, levantando questionamentos quanto a mudança.
Debate com a comunidade
Basicamente o que defendem os vereadores que questionam é um maior debate com a comunidade. “Precisamos saber o que vai acontecer com o antigo prédio da UPA? Quais serão os custos para a mudança? E nos dias de jogos do Avaí, as ambulâncias conseguirão chegar? Isso é o mínimo que deve ser debatido com a comunidade e com os conselhos”, questiona o vereador Maikon Costa. Já a vereadora Tânia Ramos (PSOL) entende que a comunidade já se manifestou pela não mudança da UPA. “Não podemos mais aceitar projetos feitos dentro de quatro paredes, sem ouvir as pessoas. Estamos pedindo diálogo, só isso”, argumenta.
Mudanças
Sobre essa polêmica da mudança da UPA Sul de endereço, é bom lembrar o que aconteceu na implantação do binário da avenida Deputado Antônio Edu Vieira. Inicialmente muitas pessoas foram contrárias. Em geral, é natural não gostarmos de mudanças. Mas, hoje, passando um tempo, muitos que foram contrários já admitem que melhorou o trânsito na região da UFSC. Não quero crer que a prefeitura toma decisões que mudam a vida das pessoas sem estudos técnicos de impacto na mobilidade e todas as variáveis. Acho que o que precisa, no caso da UPA, é melhorar esse diálogo de entendimento.
Voto contrário
Bancada do Podemos (vereadores Pri Fernandes , Gabrielzinho e Gemada) votaram favoráveis ao requerimento do vereador Maikon Costa (PL) por uma audiência pública para debater a mudança da UPA no Sul da Ilha. O requerimento não foi aprovado. Mas, seria um sinal esse voto “de oposição” do Podemos, que normalmente vota com o governo Topázio?
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Achado histórico
As obras no pavimento no entorno da Praça XV revelaram um achado histórico. Trata-se de pedras alinhadas que podem ter sido colocadas naquele local no século 19. A estrutura foi localizada em frente ao prédio do antigo Meridional, que também é histórico. As máquinas pararam a escavação, até análise técnica. O vereador Renato Geske (PSDB) explica que um arqueólogo sempre acompanha todas as obras da prefeitura para ter atento esse olhar histórico.
Sem fogos
Acertada e corajosa a decisão do prefeito Topázio Neto (PSD) pela ausência de fogos de artifício durante o réveillon 23/24. A decisão foi tomada por conta de problemas com o barulho, principalmente para autistas que possuem hipersensibilidade auditiva e para animais que chegam a convulsionar por conta dos estouros. “Não é uma decisão fácil, mas é uma decisão madura. Não vejo um réveillon saudável provocando crises em pessoas e animais. Acho que podemos buscar alternativas. Já tentamos fogos com menos barulhos no passado, mas não funciona muito bem. Não é uma questão de quem gosta de fogos e quem não gosta. É sobre quem sofre com isso”, explicou o prefeito. A tradicional cascata na Ponte Hercílio Luz será a única exceção, por não provocar barulho.
A decisão trará uma economia de quase R$ 3 milhões. Em contrapartida, a prefeitura estuda realizar um espetáculo com drones iluminados. Outra novidade será a quantidade de palcos nos tradicionais shows da virada. Dessa vez, Florianópolis contará com atrações nacionais na Beira-Mar Norte e na Beira-Mar Continental.
Valorização de imóveis
Pelo terceiro mês consecutivo, São José se transformou num dos endereços mais valorizados do Brasil. O Município se tornou a nova representante de Santa Catarina entre as 20 cidades com o metro quadrado mais caro do país no mercado imobiliário. De acordo com o índice Fipezap+ (Índice de preço com abrangência nacional que acompanha os preços de imóveis residenciais e comerciais), os imóveis residenciais em São José tiveram um preço médio de R$ 6.655 por metro quadrado no mês de junho.
O Município subiu da 23ª para a 20ª posição no ranking, que monitora o preço dos imóveis residenciais anunciados na internet para venda em 50 grandes cidades brasileiras, incluindo 16 capitais. São José ultrapassou Santo André (R$ 6.626 por metro quadrado), na Grande São Paulo, e as capitais Goiânia (R$ 6.615 por metro quadrado) e Porto Alegre (R$ 6.559 por metro quadrado) no relatório mais recente do Fipezap+, divulgado nesta terça-feira (11).
Mauro Mariani no BRDE
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) oficializou, nesta terça-feira (11), o nome de Mauro Mariani como diretor da instituição. O ato foi realizado durante reunião geral da diretoria em Curitiba/PR, com a presença dos representantes dos três estados do Sul – Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Mariani assume a diretoria de Acompanhamento e Recuperação de Créditos do banco, em substituição a Marcelo Haendchen Dutra.
Roda de Conversa
Nesta terça-feira, 11, a Câmara Municipal de São José sedia Roda de Conversa acerca do ensino cívico-militar. O encontro será realizado a partir das 19h e transmitido pela TV Câmara e redes sociais.
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