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Programa Emfrente capacita profissionais de educação para combate à violência contra crianças e adolescentes

Identificação e denúncia de casos suspeitos estão entre os ensinamentos. Grupo também conheceu sobre atendimento às vítimas

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Neste ano, o Programa de Enfrentamento e Manejo das Violências Infantojuvenis na Rede Municipal de Ensino de São José (Emfrente) já registrou mais de 300 denúncias de casos suspeitos. As situações – provenientes das unidades escolares – são encaminhadas pelos profissionais do Emfrente aos órgãos competentes que compõem a rede de proteção das crianças e adolescentes, como Conselho Tutelar e Delegacia Especializada.

Para contribuir com a identificação e denúncia dos casos, o Emfrente realiza formação continuada para os profissionais de educação. Nesta terça-feira (3), a capacitação foi destinada aos profissionais do Programa Tempos de Aprendizagem (TAS).

A programação iniciou com apresentação sobre o programa Emfrente, um serviço que integra o Setor Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação e tem como objetivo instrumentalizar os educadores da rede municipal de ensino para prevenção, identificação, manejo e encaminhamento das situações suspeitas de violência contra crianças e adolescentes.

As palestrantes Eleide Eli Brito e Anny Mary Neuwiem detalharam os procedimentos para a denúncia e destacaram os sinais que podem ajudar a identificar casos de violência. “A denúncia é feita diretamente pela instituição de ensino para o Emfrente, por meio de um protocolo on-line. Em situações emergenciais de violência sexual e física, as unidades devem entrar em contato primeiro com o Conselho Tutelar e em seguida com o Emfrente”, orientou Anny.

As profissionais ressaltaram que São José conta com Centro de Atenção às Crianças e Adolescentes em Situação de Violência Sexual (CAVS) para acompanhamento multiprofissional às vítimas e destacaram a importância de checar a participação das crianças e adolescentes no espaço. “É fundamental manter um diálogo aberto com as crianças e adolescentes, criando um ambiente seguro para que eles possam compartilhar as preocupações e experiências”, citou Eleide.

Na sequência, o psicólogo, neuropsicólogo e hipnólogo clínico Paulo Henrique Hermes Vieira palestrou sobre inteligência emocional. Com dinâmicas e reflexões, o psicólogo falou sobre o autoconhecimento. “O autoconhecimento desempenha um papel fundamental na nossa capacidade de relacionar-se eficazmente, uma vez que só podemos verdadeiramente agradar e compreender os outros quando conhecemos a nós mesmos. Ao olhar para dentro e compreender nossas afinidades, valores, orgulhos, respeito e resiliência, estamos melhor preparados para estabelecer conexões significativas e atender às necessidades daqueles ao nosso redor”, ponderou.

Os professores elogiaram a iniciativa. “Toda informação é bem-vinda. Conhecendo os canais aos quais recorrer, podemos auxiliar essas crianças e adolescentes. Nós vivenciamos a vida dos nossos alunos em sala de aula e sentimos suas dores todos os dias. Saber que temos essa rede de apoio e onde recorrer para ajudar essas crianças é fundamental para contribuirmos com o desenvolvimento delas”, destacou Fernanda Sacco Nunes, do Centro Educacional Municipal (CEM) Luar.

“Nós temos uma vivência diária com os alunos. É muito importante termos esse entendimento de como podemos agir para ajudarmos esses jovens”, opinou André Carvalho de Sousa, professor do CEM Santa Ana e do CEM Sebastião Corrêa.

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