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A disputa em Biguaçu; a vice de Topázio; Floripa tem uma deputada federal do PT

Veja nesta coluna as composições dos principais nomes para a disputa da prefeitura em Biguaçu. Leia ainda sobre a força da esquerda em Florianópolis, que ganha uma deputada federal, além de outras notas da política local

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Disputa em Biguaçu

A atual configuração eleitoral para outubro na cidade de Biguaçu apresenta o prefeito Salmir da Silva (MDB) e seu vice Alexandre Martins de Souza (PODEMOS) como uma chapa já consolidada para a disputa, enquanto uma coalizão de seis partidos, com PSD, PP, PL, SOLIDARIEDADE, PRD e REPUBLICANOS liderada pelo ex-prefeito, Vilmar Astrogildo de Souza, o Tuta (PSD), se destaca como a principal alternativa.

O vice de Tuta

Dentro desse contexto, a coligação do PSD tem três nomes em destaque para compor a chapa majoritária com Tuta: a vereadora Salete Cardoso (PL), o ex-prefeito Ramon Wollinger (PL) e o vereador Fernando Duarte Pissudo (PP).

A recente divulgação de um vídeo no qual a vereadora Salete Cardoso (PL) critica de maneira contundente o ex-presidente Jair Bolsonaro durante uma sessão da Câmara de Vereadores de Biguaçu tem provocado uma repercussão amplamente negativa. Na gravação, datada de 2016, a parlamentar, da tribuna, se refere a Bolsonaro como um “enaltecedor de torturador” e uma figura que, em sua opinião, não deveria frequentar uma casa parlamentar devido ao seu histórico de comportamento agressivo. Ela argumentou ainda que o líder máximo do PL deveria ser excluído da sociedade, enfatizando que, para ela, Bolsonaro é “alguém sem valor algum”. Além disso, Salete está sob judice devido a um processo administrativo que resultou em sua demissão da Prefeitura de Biguaçu, por ter faltado mais de 200 dias ao seu local de trabalho nos anos de 2019 e 2020, o que a torna inelegível para essa eleição.

VEJA O VÍDEO DA VEREADORA CRITICANDO BOLSONARO:

Já o ex-prefeito Ramon (PL) enfrenta resistência ao seu nome devido a um segundo mandato pouco exitoso, com muitas críticas da população e pela histórica rivalidade com Tuta (PSD).

Também no páreo, o jovem vereador Fernando Duarte Pissudo (PP) aparece como uma opção leve para compor a chapa majoritária com Tuta (PSD). O vereador tem grande simpatia da população de Biguaçu, possui vasta experiência política, incluindo três mandatos parlamentares e um trabalho destacado como secretário na administração do ex-prefeito José Castelo Deschamps (PP).

É vital que a coligação, com a forte influência do governador Jorginho Mello (PL), leve em conta esses aspectos ao escolher o melhor candidato para fortalecer a campanha multipartidária, garantindo assim um resultado positivo no dia 6 de outubro.

Topázio e Maryanne

Desponta com muita força o nome da vereadora Maryanne Mattos (PL) para compor a chapa como vice do prefeito da Capital, Topázio Neto (PSD), que vai à reeleição.  Mulher, com força na área de segurança (agente da GMF) e com forte trajetória dentro do conservadorismo de direta, a vereadora agrada a praticamente todas as alas dentro do PL, sendo inclusive da Executiva Municipal.

Na semana passada ela realizou um evento de alinhamento de pré-campanha no Top Gun (restaurante comumente usado por figuras bolsonaristas para realizar eventos em São José), com a presença do prefeito Topázio. A pré-candidata recebeu inúmeras manifestações de apoio de diversas lideranças, sendo, inclusive, muito elogiada pelo prefeito Topázio. Diria que na Austrália a chapa já está formada: Topázio e Maryanne!

Maryanne recebendo o prefeito Topázio no evento, na semana passada

Gabrielzinho continua internado

O lamentável quadro de saúde do vereador Gabrielzinho, me permite cravar que Maryanne abre vantagem na escolha da vice na chapa do prefeito Topázio.

O vereador do PL foi internado há algumas semanas no Hospital Unimed, com pneumonia dupla, tendo como origem uma Gripe A. Comorbidades agravaram a situação e levaram Gabrielzinho à UTI e ao uso de respiradores.

Segundo a mais recente atualização, nesta segunda (24), ele reage bem, mas permanece usando respiradores, tolerando bem a hemodiálise e em situação estável.

Gabrielzinho, torcemos todos, vai sair dessa e se recuperar. O mais importante é a vida. Porém, para o projeto eleitoral que está batendo à porta, muito provável, falte-lhe tempo para se recuperar.  

Vantagem

Com Gabrielzinho, ainda internado, e praticamente fora da disputa, Maryanne larga em vantagem superando demais concorrentes pela vice, como o ex-deputado Bruno Souza, que se filiou ao PL com esse intuito, mas se vê preterido dentro do partido. Fala-se em algum nome do setor empresarial, o que duvido muito. Seria um choque de perfils, uma vez que o prefeito Topázio é do setor empresarial, estando na política há apenas pouco mais de três anos.

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Cerceamento

Nesses tempos, quando as redes sociais são a principal voz dos pré-candidatos, ficar sem acesso a elas pode gerar um sentimento de censura e quebra da isonomia na disputa. Esse drama está sendo vivido pela ex-vereadora de Florianópolis, Maria da Graça Dutra, que teve sua conta no Instagram desativada de forma arbitrária pela Meta na semana passada.

Maria da Graça recorreu à Justiça neste início de semana. “Amigos e seguidores, a minha conta no Insta foi desabilitada no dia 14/06. Recorremos da decisão unilateral nos canais competentes mas sem resposta. Hoje judicializamos a questão, entrando com pedido de liminar para um retorno imediato. Estas eleições prometem ser assim: quem não tem coisas boas para falar de si mesmo, tentará calar quem tem!  Porém, tenho a certeza que um  trabalho sólido, realizado pelos animais e munícipes de  Florianópolis por 20 anos, como foi o meu, continuará falando alto no coração   de todos que colaboraram na sua construção e na memória de todos que dele usufruíram …Até breve”, escreveu a pré-candidata, obviamente que não através das redes sociais.

Ex-vereadora e pré-candidata a vereadora, Maria da Graça está sem sua rede social

Outro caso

Quem também teve a conta do Instagram retirada do ar recentemente pela Meta foi o deputado estadual e pré-candidato a prefeito da Capital, Marquito (PSOL). Sempre com a mesma vaga justificativa de que “teria violado as regras e termos de serviço da plataforma”. Em Floripa a campanha já começou, nas redes sociais, e conta com um inimigo invisível e comum.

Carla Ayres deputada federal

Florianópolis ganha uma deputada federal. Por quatro meses a vereadora Carla Ayres (PT) assume uma cadeira na Câmara dos Deputados em Brasília. Quem abre a vaga é o deputado federal, Pedro Uczai. Carla é a primeira suplente pela Federação Brasil Esperança em SC (PT-PC do B e PV) e na eleição de 2022 fez 39.609 votos, sendo a terceira mais votada no Estado pelo campo de esquerda.

Ao passo que assume em Brasília, Carla, que é cientista social e doutora em Sociologia Política, se licencia do cargo de vereadora de Florianópolis, onde se elegeu em 2020. Mesmo assumindo em Brasília, Carla pretende levar adiante sua pré-candidatura para mais um mandato na Câmara de Vereadores da Capital.

Carla Ayres, deputada federal por Florianópolis

Substituto da vereadora

Enquanto Carla Ayres cumpre seu mandato em Brasília, sua cadeira na Câmara de Florianópolis será ocupada pelo primeiro suplente Carlos Eduardo de Souza. Conhecido como Cadu, o novo vereador é graduado em história e pós-graduado em Gestão Pública. Não é a primeira vez que Cadu assume uma vaga na Câmara. Ele já ocupou o espaço no segundo semestre de 2022.

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