“A nossa expectativa é que a gente consiga suprir todas as necessidades dos alunos. A exemplo das peças de folclore que precisam ser moldadas, queimadas e pintadas, pois são assim que devem ser apresentadas. Com as novas oficinas, todo o processo será suprido”, explica.
Atualmente, a escola de oleiros conta com cerca de 200 alunos. São oferecidas três modalidades de cursos gratuitos: curso tradicional da roda de oleiros, modelagem figurativa e modelagem diversas, de segunda a quinta. As aulas possuem faixas etárias variadas, há alunos desde os nove aos 80 anos.
A ERA DE OURO
Segundo o historiador e atual coordenador do Museu Histórico Gilberto Gerlach, Rafael Barcelos Martins, a Costa da Ponta, conhecida atualmente como “Ponta de Baixo”, era a região onde se concentravam mais olarias. Até os anos 50, houve uma época chamada de “A era de Ouro das Olarias”, São José chegou a ter 29 olarias. Um dos motivos da popularidade da argila está relacionada à Segunda Guerra Mundial, pois o metal era muito usado para a fabricação de armas. Assim, a alternativa mais econômica era a produção de utensílios de barro.
Durante aproximadamente 150 anos, a produção da louça de barro sustentou muitas famílias josefenses. Com a extinção dos mestres oleiros, Joaquim Antônio de Medeiros foi um dos poucos que resistiu ao tempo e adquiriu a Casa de estilo arquitetônico luso-brasileiro colonial, que hoje é a atual escola, considerada uma das primeiras do gênero em toda a América Latina.