A Prefeitura de Florianópolis possui terrenos já separados para construção de pelo menos 800 novas habitações populares na cidade. Mas o modelo será diferente. Ao invés de entregar as moradias, o município quer fazer locações sociais, com um preço simbólico. A ideia é que as famílias utilizem a moradia pelo tempo que precisarem e, se conseguirem melhorar de renda, poderão dar lugar a novas famílias na fila de espera.
A proposta foi apresentada pelo prefeito Topázio Neto, durante reunião com o Secretário Nacional de Habitação, Hailton Madureira. A nova modalidade foi bem recebida pelo Ministério das Cidades, que deve lançar nos próximos dias uma nova edição do “Minha Casa Minha Vida”. A Medida Provisória do programa deve prever o modelo de locação social apresentado pela prefeitura. Na proposta da Prefeitura, uma equipe multidisciplinar visita a família a cada 5 anos para verificar as condições econômicas.
Para o prefeito Topázio, o novo modelo prevê moradias em terrenos bem localizados, evitando que trabalhadores precisem de grandes deslocamentos para chegarem a pontos centrais da cidade. Além disso, o projeto prevê salas comerciais nos edifícios para ajudar no custeio da gestão do condomínio, diminuindo custos para moradores. “Já tivemos experiências anteriores na cidade quando moradias populares acabaram sendo vendidas ou sublocadas, perdendo totalmente a função social do investimento. Além de construídas em locais afastados, sem serviços. O novo modelo, com locação, vai entregar o que as famílias precisam: um local adequado para morar e viver pelo tempo que for preciso”, explicou Topázio.