Mais de 200 caçambas, cerca de dois mil metros cúbicos, de lodo e entulhos já foram retirados dos leitos de valas e pequenos riachos de São José desde que foi lançado a força tarefa de desassoreamento da Secretaria de Infraestrutura, em maio deste ano. Esses materiais, mais os descartados irregularmente pela população, estavam nos fundos e nas margens assoreando os canais e colocando em risco de alagamento das propriedades localizadas próximas a essas regiões.
A iniciativa integra as ações desenvolvidas dentro do Programa de Manutenção Regionalizada e Continuada, que teve início em março, prevê um investimento de R$ 5 milhões neste ano, explica o secretário de Infraestrutura, Nardi Arruda. Ele informa que a Prefeitura de São José já constatou que a limpeza realizada no Rio Carolina, no limite com Biguaçu, e no rio Forquilhas, nos bairros Forquilhinha e Forquilhas, no rio Araújo em Campinas e no Loteamento Zenaide, foram suficientes para evitar alagamento dos terrenos, garantindo a segurança da população.
“No mês passado, quando choveu forte na região, o prefeito Orvino Coelho de Ávila, a nossa equipe e a Defesa Civil fizemos uma vistoria em todos esses trechos, monitoramos as chuvas e foi constatado que estava tudo tranquilo na região que fizemos o desassoreamento”, relata. O prefeito Orvino, quando participou desta vistoria destacou que a proposta dessa nova ação da Secretaria de Infraestrutura é estar um passo à frente de desastres climáticos. “Ao invés de sermos pego desprevenidamente por uma cheia, estamos investindo em um trabalho preventivo jamais visto em São José, reduzindo os riscos de alagamentos e enchentes na cidade”.
Nesta quarta-feira (5) e na quinta-feira (6), uma das equipes da força tarefa estará trabalhando no rio Araújo, num trecho junto ao Ceasa, além de continuar a trabalhar no Carolina. Nos bairros Forquilhas e Forquilhinha a equipe só retorna para fazer manutenção do trecho já desassoreado do rio Forquilhas.
Desnível
Em relação ao rio Carolina, o secretário informa que foram encontrados algumas dificuldades que não estavam previstas, por isso o atraso no termino do desassoreamento. “São algumas particularidades que nos toma tempo, mas que precisamos vencer. Uma delas é a diferença no fundo do nível do rio embaixo do campo do Esperança, na Rua João Egídio de Souza, na entrada do Loteamento Zé Nitro. Fomos surpreendidos com um desnível e a nossa Bobcat não consegue passar, precisaremos construir uma rampa de concreto para dar sequência ao desassoreamento”.
Esse equipamento o Bobcat é o que leva o material para fora das valas e as escavadeiras retiram esse material de dentro do rio. “Também tem neste rio um trecho com pedras que precisam ser explodidas e para isso precisamos da autorização da Fundação Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, para fazer a detonação. Essas pedras estão represando um pouco o fluxo das águas. E tudo isso contribui para o alagamento desta região no período das chuvas”.