Ele substituirá os atuais, aumentando a segurança e reduzindo custos em até seis vezes com energia elétrica, nitrogênio líquido e manutenção de equipamentos.
“Esse foi um dos pedidos do governador Jorginho Mello, investir em tecnologia, diminuindo custos e aumentando a resolutividade. O Hemosc é referência no nosso país é uma das primeiras instituições do Brasil a adquirir o equipamento, utilizado pelo Laboratório de Processamento Celular”, destaca o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva.
As CPH, popularmente conhecidas como “medula”, são células que possuem poder de auto renovação e capacidade de diferenciação, regenerando e restabelecendo a medula doente do paciente por uma saúde. A criopreservação é uma etapa fundamental na realização e sucesso do TMO, congelando e armazenando a “medula” coletada de pacientes ou doadores, para serem posteriormente infundidas durante o transplante.
“O equipamento adquirido é considerado um dos dispositivos de armazenamento de CPH criopreservadas mais moderno e seguro do mercado, possui grande capacidade de armazenamento, é auto sustentável e econômico”, afirma a diretora-geral do HEMOSC, Patrícia Carsten.
De acordo com o diretor técnico do HEMOSC, Guilherme Genovez, o novo dispositivo pode manter as células armazenadas à temperatura de 170°C negativos, sem necessidade de abastecimento contínuo de nitrogênio, que permite economia de energia elétrica e insumos. “Este equipamento permite também o armazenamento das unidades de CPH criopreservadas em ambiente totalmente seco, sem contato direto do manipulador e do produto com o nitrogênio líquido”, relata.
O congelamento das células é um procedimento fundamental em algumas indicações de transplante, como nos casos de linfomas e mieloma múltiplo em que o paciente deverá ser submetido a um transplante autólogo (quando o paciente utiliza a sua própria medula para o transplante). Outra opção de tratamento é a realização do transplante alogênico (quando a medula é coletada a partir de um doador saudável, aparentado ou não) para pacientes com leucemias agudas ou crônicas e aplasias de medula óssea.
O transplante de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é realizado em Santa Catarina pelo HEMOSC e pelo Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), ambos órgãos públicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES), geridos pela organização social Fundação de Apoio ao HEMOSC/CEPON (FAHECE).