Nos dias 24 e 25 de maio, pela primeira vez em Florianópolis, o Instituto História Viva inicia uma formação inédita de contação de histórias, totalmente gratuita, que prevê teoria e prática com apresentações em lares de idosos, escolas, hospitais e instituições de acolhimento de crianças e jovens.
O curso é indicado para pessoas interessadas em compor a rede de voluntariado do Instituto História Viva na cidade. Existente desde 2005, o Instituto História Viva já capacitou mais de 3.500 pessoas, que, juntas, impactaram cerca de 16 mil pessoas em sete Estados brasileiros. Mais do que relatar eventos, a contação de histórias preserva culturas e proporciona conforto e esperança a diversos públicos.
Formação de multiplicadores locais
A formação, que será realizada no Cyta, localizado no bairro Santa Mônica, em Florianópolis, pretende formar multiplicadores locais na arte de ouvir e contar histórias.
O objetivo é capacitar e gerenciar grupos de contadores de histórias voluntários, conectando-os a hospitais, lares de idosos e casas de acolhimento para crianças a fim de levar a contação de histórias a esse público. Essa capacitação faz parte da proposta do projeto Pronac 241671 Ouvir e Contar, Espetáculos de Histórias Vivas de Idosos, beneficiado pela Lei de Incentivo à Cultura pelo Ministério da Cultura.
Roseli Bassi, fundadora do Instituto História Viva e contadora de histórias há 20 anos, considera essa uma missão que leva esperança, emoção e magia por meio das palavras.
“Ser contadora de histórias permite que as histórias ganhem vida e se perpetuem na memória dos ouvintes, uma vez que a história aciona o sistema límbico, onde moram as emoções”.
Treinamento dividido em etapas
Na primeira etapa do treinamento, que se inicia nos dias 24 e 25 de maio, serão desenvolvidas algumas habilidades, tais como:
Escuta ativa: antes de contar, é preciso ouvir. Ouvir as histórias das pessoas, suas emoções, seus silêncios, e despertar uma sensibilidade para adequar a melhor história para aquele momento.
Expressão corporal: o corpo, a voz, as expressões faciais, o olhar e a emoção são instrumentos fundamentais para dar vida às narrativas. O contador de histórias transmite emoção a cada palavra, gesto e entonação de voz.
Capacidade de adaptação: cada público tem necessidades diferentes. Contar para crianças, idosos ou pacientes hospitalizados exige abordagens distintas, bem como mudança de rumo em meio à contação caso seja necessário. Para isso, é preciso total estado de presença.
Acreditar no poder das histórias: o contador é um guardião da tradição oral. Roseli relembra: “Um dia eu ouvi de uma líder de voluntários de um hospital que ‘Quando o contador de histórias chega, o hospital sorri’. Reconhecer a importância do nosso papel é fundamental”.
A formação, que se inicia em maio, está dividida em três meses, que incluem a capacitação teórica dinâmica, a parte prática de ouvir os idosos, o envolvimento das crianças para ilustrar as histórias, bem como o treinamento para ressignificar as histórias com o encanto que só a contação de histórias pode proporcionar.
Tudo isso culmina com a apresentação das histórias aos idosos com a magia da contação de histórias, sendo também o momento de formatura de novos voluntários. A formação está dividida em:
1) Maio
Treinamento teórico interativo e dinâmico
24 e 25/05
2) Junho
Prática de ouvir e prática de encantar nos lares de idosos
07 e 08/06
3) Agosto
Apresentações em escolas, teatros e casas lares, além da formatura da 1ª turma de Florianópolis
As inscrições já estão abertas. Quem tiver interesse em participar da formação, deve se inscrever pelo link: https://forms.gle/1uxqjDifvymSVv1u5
ou e-mail voluntario@historiaviva.org.br.
Serviço:
Formação Gratuita em Contação de Histórias
Início: 24 e 25 de maio
Duração: 3 meses
Onde: Cyta (R. Ricardo Pedro Goulart, 99 – Bairro Santa Mônica)
Realização: Instituto História Viva (http://www.historiaviva.org.br)
Inscrições: https://forms.gle/1uxqjDifvymSVv1u5
Ou email para voluntario@historiaviva.org.br