Para conscientizar e alertar a população sobre os riscos, sintomas e tratamentos adequados da doença, foi criada a campanha mundial “Junho Violeta”.
O ceratocone é uma doença não inflamatória que afeta a estrutura da córnea, podendo causar alto grau de astigmatismo e miopia. Ela faz com que a fina e transparente camada que cobre a frente do globo ocular se projete para frente, assumindo uma forma de cone.
A doença é mais comum em jovens, especialmente entre 10 e 25 anos, e também é frequente em pessoas com síndrome de Down ou com alterações oculares congênitas. Os primeiros sintomas incluem alterações frequentes no grau dos óculos, dificuldade de focar e mudanças nos reflexos luminosos.
O médico Ernani Garcia, diretor técnico do Hospital de Olhos de Florianópolis, alerta que coçar os olhos frequentemente — um hábito aparentemente inofensivo — enfraquece o colágeno da córnea, o que pode desencadear o ceratocone. A prevenção, por meio de exames regulares, é essencial para evitar a doença. “Se detectada na adolescência, é fácil de tratar”.
Segundo ele, após o diagnóstico do ceratocone, o uso de lentes de contato rígidas pode proporcionar uma melhora significativa na visão do paciente. Outra opção eficaz é o implante de anéis intracorneanos. No entanto, nos casos em que a doença está em estágio avançado, o transplante de córnea é recomendado.
Para prevenir o ceratocone, é fundamental realizar consultas anuais ao oftalmologista. Muitas doenças oculares, incluindo o ceratocone, podem não apresentar sintomas em seus estágios iniciais, mas podem ser facilmente detectadas através de exames de rotina.