A equipe da Educação para as Relações Étnico-Raciais (Erer), da Secretaria Municipal de Educação de São José, iniciou nesta segunda-feira (12) a formação continuada para os professores da Educação Infantil da rede municipal de ensino. Para contemplar todos, a formação será desenvolvida ao longo desta e da próxima semana na Casa do Educador, sendo que cada Centro de Educação Infantil (CEI) participa das atividades em um dia inteiro.
“Nosso objetivo é oportunizar conhecimentos e habilidades para abordar de forma adequada as questões relacionadas à diversidade étnico-racial”, destacou o coordenador do Erer, Marcelo da Silva. A formação está organizada em três ciclos, que se estendem até o final do ano. Nesta primeira etapa, os profissionais do Erer apresentam a história e a cultura afro-brasileira e estratégias pedagógicas para a inserção desses temas nas práticas educativas.
“Todas as unidades educativas receberam um kit com 13 livros que refletem sobre o tema. Neste primeiro ciclo, abordamos os títulos ‘Amor de Cabelo’, de Matthew A. Cherry, que é inspirado no filme vencedor do Oscar de melhor curta metragem de animação, e ‘Kakopi, Kakopi! Brincando e jogando com as crianças de 20 países africanos’, de Rogério Andrade Barbosa. Trabalhamos dinâmicas que possam ser desenvolvidas em sala de aula com as crianças e estudantes”, citou o coordenador do Erer.
Para o 2º ciclo de formação, a proposta é entender as demandas e os desafios enfrentados em sala. No 3º ciclo, o planejamento contempla analisar como avançar no currículo escolar. Assim como a formação para a Educação Infantil, os professores do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também vão participar de três ciclos até o final do ano. Também é meta da equipe do Erer produzir um livro digital para ser referência na abordagem da temática.
“Essa é a primeira vez que vamos atuar na formação dos mais de três mil professores de todas as unidades escolares da rede municipal. Anteriormente, a conscientização e o combate ao racismo se concentravam em dois ou três professores de cada unidade com a intenção deles multiplicarem as informações para os demais profissionais. Com essa nova proposta, penso que todos estarão ainda mais preparados para lidar com os desafios e preconceitos existentes e promover uma educação antirracista e inclusiva”, completou Marcelo.