A Prefeitura de Florianópolis dá mais um passo em direção à remodelação da Passarela da Cidadania. Sem interrupção do serviço atualmente prestado, a administração seleciona uma nova empresa para assumir a gestão do equipamento assistencial de forma temporária. A contratação ocorre para que os serviços essenciais sejam mantidos sem quaisquer alterações após o fim do contrato da atual empresa gestora, que encerra em 31 de maio.
“Essa é a primeira etapa de uma grande mudança que estamos projetando para a Passarela da Cidadania. Com o contrato temporário, a Prefeitura garante que a população continuará sendo assistida, sem interrupção dos serviços. Enquanto isso, selecionamos uma nova empresa de forma definitiva para a atuação no local. A nossa ideia, então, é aprimorar esse que é um serviço mais do que fundamental para a Assistência Social do município, proporcionando um cuidado individualizado e focado no restabelecimento social das pessoas em situação de rua”, enfatiza o Prefeito de Florianópolis, Topazio Neto.
A contratação da nova empresa ocorreu em modelo temporário, a fim de manter a prestação de serviços essenciais, tais como: acolhimento, alimentação (café da manhã, almoço e janta), serviços de higiene pessoal, espaço para higienização de roupas e capacitações. O contrato tem caráter temporário, com vigência de até 180 dias. A transição do serviço junto à antiga prestadora ocorrerá nessa semana.
Durante a atuação da entidade, a administração realizará os processos necessários para a contratação de uma empresa de forma definitiva para gestão da Passarela.
Remodelação do serviço: programa individualizado e focado no restabelecimento à sociedade
A contratação definitiva de uma empresa para a gestão da Passarela da Cidadania ocorrerá conforme novo modelo de funcionamento proposto pela administração. A ideia é aprimorar o formato de atendimento, focando nas necessidades individuais e no restabelecimento da pessoa em situação de rua na sociedade.
“A dinâmica atual de atendimento não apresenta um compromisso com mudança. Nesse modelo, a pessoa em situação de rua não possui vínculo com programas ou metas para mudar o cenário. A nossa proposta é incluir um programa individualizado de atendimento, oferecendo oportunidades reais de mudança”, declara o Secretário Municipal de Assistência Social, Bruno Souza.
A proposta prevê um programa individualizado de atendimento, diferente do antigo modelo, caracterizado pelo acolhimento desassociado de planejamento. Inicialmente, ocorrerá uma abordagem técnica, que auxiliará a identificar e compreender a situação da pessoa, quais as necessidades específicas apresentadas no caso e os serviços necessários – nos âmbitos da segurança, saúde e assistência, por exemplo.
Durante a permanência no serviço, o acolhido terá acesso aos serviços essenciais, que já são ofertados atualmente. A pessoa ainda poderá participar de cursos e palestras no local, com o propósito de capacitação e posterior reinserção social e econômica.
O foco principal do novo modelo de atuação é a separação adequada das demandas e a atuação conforme a necessidade apresentada. Dessa forma, todo acolhimento passará a ter um planejamento adequado e metas individualizadas. A ideia é que, em um período de 90 a 120 dias, o acolhimento possa ter um desfecho e a permanência no serviço ocorra em caráter temporário.
Após o período descrito, o desfecho de cada caso será individual, podendo migrar para outros formatos alternativos de atendimento (na área da saúde ou assistência), inserção no mercado de trabalho, entre outras possibilidades.