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Trabalhadores da Nova ETE Potecas recebem aula sobre animais da região

Na última semana, durante o Diálogo Diário de Segurança (DDS), os trabalhadores receberam orientações sobre as espécies que podem ser encontradas no canteiro de obra e o que fazer com os animais

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Em uma das maiores obras de saneamento do Estado de Santa Catarina, na Estação de Tratamento de Esgoto de Potecas, em São José, existe uma rica fauna monitorada e preservada pela CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento). Na última semana, durante o Diálogo Diário de Segurança (DDS), os trabalhadores receberam orientações sobre as espécies que podem ser encontradas no canteiro de obra e o que fazer com os animais.

Através do monitoramento realizado desde o início das obras foi possível criar uma lista das espécies que circulam pela área de preservação ambiental. Essa lista foi apresentada para os trabalhadores com fotos de cada animal e orientações sobre o que fazer, quais órgãos são responsáveis por resgatar e devolver o animal à natureza e como preservar a segurança dos trabalhadores. Essas informações também estarão visíveis para os trabalhadores em placas indicativas no canteiro de obras.A engenheira ambiental Larissa de Andrade Gonçalves foi uma das responsáveis por passar as orientações. O foco da fala esteve na preocupação com as cobras e aranhas, já que podem ser encontradas na mata atlântica espécies como: Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca), Cobra-cipó (Chironius), Caninana (Spilotes pullatus), Cobra D’Água (Natrix maura), Cobra Coral (Micrurus corallinus), Aranha Armadeira (Phoneutria nigriventer) e a Aranha Marrom (Loxosceles).

“Temos que conscientizar eles que podem aparecer animais e temos que saber o que fazer, se for uma cobra no caso, ligar pro corpo de bombeiro, para polícia ambiental, vir resgatar esse animal, para gente não mexer e não botar a mão. Conversamos sobre a importância dessas espécies para o ecossistema, estamos em uma obra cercada por Mata Atlântica, uma região com uma fauna muito rica que precisa ser preservada”, explicou Larissa.

“A presença desses animais são indicadores de saúde do ecossistema. Essas espécies de mamíferos são importantes para a conservação da biodiversidade e de um bom equilíbrio na natureza”, explicou a bióloga Pâmela do Carmo Saviato, que realiza o monitoramento pela empresa Terra Consultoria em Meio Ambiente Ltda, que atua à serviço da CASAN.

Estudo de Monitoramento

O monitoramento também é parte de um estudo que busca alternativas para a recuperação de áreas não ocupadas pela nova estação de tratamento de esgoto. O trabalho também fornece subsídios para propostas de uso futuro nas áreas das atuais lagoas de estabilização e tratamento de esgoto, tecnologia implementada na década de 1980 e que será substituída. Ainda traz dados que podem auxiliar na recuperação do Córrego Potecas.

Esse monitoramento da fauna é realizado por acompanhamento de profissionais e câmeras escondidas na natureza e já registrou espécies como: Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita), Cachorro do Mato (Cerdocyon thous), Gato do Mato pequeno (Leopardus guttulus), Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), Cuica de 3 listras (Monodelphis iheringi) e Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris).”Muitos mamíferos desempenham papéis críticos no controle de população de outras espécies, como por exemplo, o gato do mato pequeno (Leopardus guttulus), que é um felino que ajuda a controlar as populações de roedores, ajuda a controlar os ratos, que causam grande danos a agricultura, além de serem transmissores de doenças”, completou a bióloga.

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