O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que o câncer de tireoide afeta três vezes mais as mulheres do que os homens. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) estima que cerca de 60% da população do mundo tem nódulos na tireoide, glândula localizada no pescoço, responsável pelo metabolismo, e, deste número,
5% serão nódulos malignos (câncer de tireoide).
tratamento.
Segundo a médica, é importante reforçar que os nódulos na tireoide são extremamente comuns, e que nem todos se tornarão câncer. “A maior parte deles é benigna, e na maior parte dos casos não há sintomas, por isso o paciente pode demorar para ter um diagnóstico”, afirma.
Sintomas
É muito comum que o paciente não apresente sintomas, e descubra a doença em algum exame de imagem de rotina, ou ao notar um nódulo no pescoço.
Quando apresentam sintomas, podem identificar rouquidão, percepção de nódulos no pescoço, engasgos e, às vezes, falta de ar.
Diagnóstico
Os nódulos normalmente são avaliados em uma ultrassonografia da tireoide. “Pacientes com nódulos na tireoide, normalmente não apresentam alteração em exames de sangue”, aponta a cirurgiã. Após identificar um nódulo, e dependendo de suas características,
poderá ser solicitada uma Punção por agulha fina do nódulo (PAAF), para melhor avaliação.
Tratamento
O tratamento do câncer de tireoide consiste na tireoidectomia total ou parcial, que é a remoção da glândula tireoide. Em alguns casos, pode ser necessária administração de iodo radioativo como tratamento complementar. De acordo com a Dra. Gabriele, o câncer de tireoide costuma responder muito bem aos tratamentos, mas é importante realizar um acompanhamento durante alguns anos com a realização de exames de sangue específicos e de imagem, que contribuirão para avaliar possíveis recidivas da doença.
“Por ser uma doença que costuma ter um diagnóstico tardio, e para evitar que os problemas com a tireoide se tornem graves, costumo recomendar que o paciente mantenha seus exames de rotina em dia, e, quando identificado um nódulo, procure um endocrinologista ou cirurgião de cabeça e pescoço para avaliação e tratamento
correto”, conclui.