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Transporte público puxa alta de inflação de Florianópolis em janeiro, mostra Udesc Esag

Ano de 2025 começa com maior índice mensal desde março de 2022

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A inflação sentida pelos consumidores em Florianópolis foi de 1,20% no primeiro mês de 2025, mais que o dobro do índice verificado nos últimos dois meses do ano passado (0,54% em novembro e 0,53% em dezembro). A inflação de janeiro é o maior índice mensal desde março de 2022 (quando os preços subiram 1,21%).

Entre os nove grupos de preços pesquisados, o maior impacto no índice foi o dos transportes (alta de quase 3,5%). Isso aconteceu principalmente por conta das tarifas de ônibus municipais, que subiram quase 20% em janeiro, em média.

Com a alta em janeiro, a inflação acumulada nos últimos 12 meses subiu para 6,63%. Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag)

Transportes

Os gastos com transportes representam mais de 20% dos gastos das famílias (praticamente o mesmo que a alimentação), todos os meses, o que faz com que também pesem mais na composição do índice. Sem aumento desde janeiro de 2023, a passagem de ônibus urbano em Florianópolis desta vez foi reajujstada em 19,2 %.

Esse percentual corresponde à média das tarifas praticadas na cidade. A passagens dos ônibus convencionais, quando paga em dinheiro, por exemplo, subiu 15% (de R$ 6 para R$ 6,90), enquando as linhas executivas curtas (amarelinhos que circulam na área central) tiveram reajuste em torno de 40% (de R$ 10 para R$ 14).

Alimentação

Os preços dos alimentos tiveram aumento de 0,51% em janeiro. A alta foi maior nos produtos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa (0,64%). Já as refeições em restaurantes e lanchonetes subiram menos (0,32%).

Os maiores aumentos foram os do subgrupo “sal e condimentos” (2,4%), com destaque para a massa de tomate (6,2%). Bebidas e infusões também subiram 2,4%, puxadas pelo aumento do café em pó (13,3%) e solúvel (5,3%). O aumento das carnes foi de 2,2%, com alta maior no filé mignon (6,1%) e patinho (5,4%).

O subgrupo “leite e derivados” subiu 1%, mas por conta de produtos como iogurte (4,6%) e queijo (cerca de 3%). O leite propriamente dito ficou mais barato, tanto o longa-vida (-0,3%) quanto o em pó (-1,4%).

Legumes e frutas mais baratos

Outros subgrupos de alimentos tiveram queda expressiva nos preços, especialmente os tubérculos, raízes e legumes (-15,1%), com destaque para o tomate (-23%) e a batata inglesa (-20,2%). Também caíram os preços dos cereais, leguminosas e oleaginosas (- 3,6% – incluindo o arroz-agulha (-5,7%) e o feijão preto (-1,3%).

Também ficaram mais baratas as hortaliças e verduras (-3,3%), em especial a beterraba (-13,5%). Entre as frutas (-1%), as maiores quedas foram nos preços do morango (- 8,2%), melancia (-5,7%) e mamão (-5,5%).

Outros preços

Além de alimentos e transportes, houve aumento em janeiro dos grupos habitação (0,49%), saúde e cuidados pessoais (0,43%), despesas pessoais (3,83%) e educação (0,31%). Por outro lado, tiveram quedas de preços os artigos de residência (-1,26%), vestuário (-0,31%) e serviços de comunicação (-1,80%).

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de janeiro. O índice é publicado regularmente desde 1968.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.

Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.

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