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Jasc 2024: De atleta de São José a árbitra internacional

Kamila Lemos chega ao Jasc após arbitrar em Las Vegas no Mundial Veteranos

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Uma revelação em dose dupla. Assim pode ser definida a atleta de judô de São José, Kamila Lemos, de 31 anos, que está em Concórdia para disputar os Jogos Abertos de Santa Catarina. Depois de muitos títulos como atleta, a judoca passou a estudar o campo da arbitragem e hoje é árbitra internacional, podendo ser convocada para atuar nas Olimpíadas de 2028, em Los Angeles.

Kamila começou a praticar judô com quase 3 anos de idade. Aos 12 anos, conquistou seu primeiro título brasileiro. Desde então, uma série de conquistas se seguiram. Com 19 anos, a judoca escolheu São José para continuar sua carreira esportiva. Atualmente, ela faz parte da equipe Ippon, conveniada à Prefeitura, e é beneficiária do Programa Bolsa Atleta do Município.

Desde seu primeiro título nacional, a atleta se aperfeiçoou cada vez mais e hoje coleciona outros títulos. Conquistou mais dois campeonatos brasileiros, foi vice-campeã em uma outra ocasião e acumula cerca de uma dezena de pódios na terceira colocação.

Nos Jogos Abertos, Kamila não sabe precisar o número exato de medalhas conquistadas. “Não sei, acho que devo ter seis ou sete medalhas de ouro, além das de prata e bronze que ganhei. Não faço ideia do número total”, disse.

Aos 18 anos, realizou seu primeiro exame nacional C. Depois disso, foi subindo de nível, passando para o Nacional B. Aos 21 anos, Kamila teve que escolher entre disputar o Campeonato Brasileiro como atleta ou arbitrar pela categoria Nacional A, o segundo maior nível de arbitragem do Brasil. Mas ela conta que não teve dúvida ao escolher a arbitragem.

Tempos depois, ela atingiu o maior nível da arbitragem ao se tornar aspirante internacional. Subiu para o nível continental e, hoje, é árbitra internacional A, atingindo o topo da arbitragem mundial.

Este ano, já participou de diversas competições nacionais e internacionais, como um torneio na Croácia, o Pan-Americano no Rio de Janeiro e uma competição no Peru. Uma semana antes do Jasc, Kamila estava em Las Vegas, arbitrando o Mundial Veteranos. E, ao final de sua participação nos Jogos Abertos, ela embarca para Vitória, onde arbitra no Campeonato Brasileiro Sênior.

Ela conta que, hoje, entre competir e arbitrar, seu foco está totalmente voltado para a arbitragem, mas, quando se trata dos Jasc, sempre escolhe vestir a camisa de São José. O sensei Fábio Maciel lembrou que ela já deixou a arbitragem para competir pelo município. “Ela diz que a arbitragem vem em primeiro lugar, mas já deixou de arbitrar em eventos para competir com a gente”, brincou.

Agora, o foco de Kamila é arbitrar nas Olimpíadas de 2028, em Los Angeles. Para isso, ela explica que, assim como os atletas, os árbitros também possuem um ranking de pontos que define quem será convocado para a arbitragem dos Jogos Olímpicos. “Cada competição que arbitramos soma pontos. Para as Olimpíadas, só contam competições internacionais. Então, todos esses eventos internacionais em que estou atuando estão gerando pontos que, no futuro, podem me colocar como árbitra olímpica”, contou.

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