A seca mais extensa já registrada no país e a onda de queimadas que atinge o país, levando fumaça para os céus das cidades brasileiras e os pulmões humanos, foi tema da fala desta quarta-feira (11) do deputado estadual Marcos José de Abreu – Marquito (PSOL), na tribuna da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). “Nós não estamos nos alertando o suficiente da dimensão e da crise profunda que estamos vivendo com relação às questões climáticas. A perspectiva e as projeções para os próximos três ou quatro dias, aqui em Florianópolis, são assustadoras do ponto de pista da qualidade do ar”, afirmou, ao comentar sobre qualidade do ar na capital catarinense, que chegou a ser classificado como “insalubre para os grupos sensíveis”, que são crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas.
“Nós precisamos de planos de mitigação e enfrentamento a esses eventos climáticos extremos. Precisamos de um plano estadual para o enfrentamento e a convivência com a mudança climática, que é uma realidade. Não podemos mais negá-la. Não podemos mais desrespeitar os apontamentos científicos. Precisamos construir cidades e um estado resiliente”, clamou o deputado, que também é presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Alesc.
Marquito defendeu a união entre poderes para enfrentar a crise climática, que é “a principal questão vivida hoje no Brasil, no estado de Santa Catarina e aqui na capital catarinense”. Marquito integra o Grupo Especial de Defesa dos Direitos Relacionados a Desastres Socioambientais e Mudanças Climáticas (GEDCLIMA), criado por um termo de cooperação assinado pelos Ministérios Públicos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.