Palhoça realiza “Parada Técnica” para debater a exploração sexual contra crianças e adolescentes

Conforme informações publicadas no portal da BBC News, o Brasil registra aproximadamente 673 casos de violência contra crianças de até seis anos diariamente e, em 84% dos casos, as agressões tem como principais suspeitos os pais, padrastos, madrastas e avós.

O estudo que deu origem a esses dados, produzido pelo comitê científico do Núcleo Ciência pela Infância (NCPI), ainda registrou que crianças de até 13 anos representam a maior parte das vítimas de estupro no Brasil, cerca de 61,3% do total.

E uma das melhores ferramentas que existem para combater essa situação é a democratização e o compartilhamento de conhecimento. É exatamente esse o objetivo da “Parada Técnica” que o SUAS – Sistema Único de Assistência Social de Palhoça realiza no próximo dia 18 de maio, data reconhecida com o Dia Nacional de Combate ao Abuso
e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

O tema principal do encontro será a Lei 14.344/2022 que prevê mecanismos para a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente. Para agregar importantes informações sobre o assunto estarão presentes a assistente social e advogada Bárbara Cidral de Souza e a psicóloga e professora Talissa
Palma Müller.

“A violência contra a criança e o adolescente no ambiente familiar e na sociedade de maneira geral, tem impactos negativos a curto, médio e longo prazo. Por isso, é fundamental que esse assunto seja debatido na busca por ações objetivas. Tenho certeza que a Parada Técnica terá um resultado excelente no compartilhamento de informações para enfrentar e prevenir essa triste situação em nosso município”, ressalta o prefeito Eduardo Freccia.

Saiba mais

A exploração de crianças e adolescentes é um assunto que desperta muitas dúvidas nas pessoas. Uma das mais comuns é sobre quais são os sintomas de crianças que estão passando por alguma situação desse tipo. Os sinais e sintomas de quem sofre violência sexual podem se manifestar psicológica ou fisicamente, como, por exemplo, atitudes
sexuais que não são condizentes com a idade ou mudanças repentinas no comportamento como queda no rendimento escolar e agitação durante o sono. Há, também, as manifestações físicas como lesões na área genital, sangramentos, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez e até mesmo aborto.

Outra dúvida bastante comum é o que fazer no caso de suspeita. Quando existe uma suspeita de enfrentamento de abuso sexual, é possível denunciar através do Disque 100 (Disque Direitos Humanos). A denúncia pode ser feita de forma anônima. É importante ressaltar que todos nós somos responsáveis pelo combate à violência e pela busca de uma
sociedade mais justa.