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Não Há Mais Palavra é a 1ª exposição individual do artista Murilo Leal

Mostra selecionada na Chamada Pública da Fundação Cultural BADESC será aberta na quinta, 9 de maio; entrada é gratuita

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Dez esculturas em cerâmica e quatro objetos em madeira integram a exposição Não Há Mais Palavra do artista Murilo Leal, que será aberta na quinta-feira, 9 de maio, na Fundação Cultural BADESC, em Florianópolis. O projeto, que foi selecionado na Chamada Pública Espaço Paulo Gaiad – 1ª exposição individual, tem curadoria de Marcello Carpes. A abertura será as 19h e a entrada é gratuita.

De acordo com Murilo, o nome da exposição, que é a primeira individual da carreira, surgiu a partir de uma obra que leva o mesmo título. “Não Há Mais Palavra invoca a ausência como mote reflexivo. Sugere esta palavra como forma e conteúdo para exposição, entendendo que a ausência não remete somente à falta”, destaca o artista.

O curador salienta que a mostra explora o caráter processual na formação de um jovem artista, elencando essa condição como disparadora das hipóteses, recortes, junções, queimas e esmaltações realizadas no percurso artístico de Murilo. “Entre a palavra (ou sua ausência) e a forma, o artista cria mundos para sua apreciação e observação, traçando maneiras de entendimento e relação com o meio que envolve tais criações. A forma artística que se encontra sempre no reino das perguntas, onde as incertezas, dúvidas e indeterminações são aspectos de abertura para nos colocar em uma conversa infinita diante da matéria e da palavra”, ressalta Carpes.

Primeira individual

A exposição de Murilo é formada por esculturas em cerâmica e objetos em madeira. A série de cerâmica começou a ser desenvolvida em 2021 durante as aulas remotas de linguagem escultórica e cerâmica na Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC). “Meu quarto neste período se tornou um ateliê, as cerâmicas eram confeccionadas em uma cômoda ao lado de minha cama, por exemplo. A partir deste momento o processo perdurou e se mantém em contínua exploração, formas, ausências, cores, texturas, linguagens e constante movimento”, compartilha o artista.

Já os trabalhos em madeira começaram a ser criados no final de 2022 como proposta de pensar a pintura no campo expandido. “A materialidade de cores que já habitavam o espaço físico, e transpor para um agrupamento de “restos”, os pedaços de madeira são sobras de trabalhos de outras pessoas, que encontrei em derivas dentro do ateliê de escultura da universidade, sobras de cortes, em que o principal já foi utilizado, a partir disto propor uma junção destas memórias, do que foi, do que está ausente, criando uma composição no espaço que parte de um ideal pictórico”, destaca.

Para Murilo, ver as duas séries, que foram produzidas com carinho e seriedade nos últimos anos, expostas na Fundação Cultural BADESC é a realização de um sonho. “Quando fiquei sabendo do resultado da seleção não tive palavras. E assim, como afirma a exposição, sabendo que a Fundação é um espaço importante e consolidado no cenário de arte do Estado, onde artistas que tenho como referência já estiveram expondo trabalhos, só posso dizer que é sim a realização de um sonho e que me sinto lisonjeado de ocupar um local como este”, conclui.

Não Há Mais Palavra poderá ser visitada de segunda a sexta, das 13h às 19h, até o dia 26 de junho na Fundação Cultural BADESC. O casarão fica na Rua Visconde de Ouro Preto, 216, no Centro de Florianópolis/SC.

Sobre o artista

Murilo Leal, natural de Maringá/PR, é artista visual, estudante e entusiasta, reside e trabalha atualmente em Florianópolis/SC, é discente do curso bacharelado de Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), onde atuou por dois anos como bolsista de monitoria das disciplinas de Linguagem Escultórica. Antes de entrar na graduação atual cursou dois anos de Ciências Sociais na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Como artista visual realiza trabalhos em múltiplas linguagens, como desenho, escultura, pintura, performance, buscando experienciar e estranhar o cotidiano das coisas, e por meio do gesto, fazer mediações entre o material e o imaterial.

Sobre o curador

Marcello Carpes é formado no curso de Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Atuou em diversos projetos educativos e curatoriais dentro e fora da universidade. Destaque para o período em que foi convidado para trabalhar no Núcleo de Ação Educativa (NAE) do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), como arte-educador. Atualmente está como arte educador no Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação. Desenvolve trabalhos como artista, curador e arte-educador.

Serviço: Abertura da exposição individual Não Há Mais Palavra do artista Murilo Leal

Data: 9 de maio – quinta-feira

Horário: 19h

Local: Fundação Cultural BADESC (Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro Florianópolis/SC)

Visitação até 26 de junho de 2024 – de segunda a sexta, das 13h às 19h

Entrada gratuita

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