Ficando cada vez mais isolado no seu projeto de candidatura ao Governo do Estado, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), acusou o golpe —como diria alguém do box— ao ver confirmada a aliança entre PL, do governador Jorginho Mello, e MDB.
Após os afagos de Jorginho no grande evento emedebista de sábado, em Balneário Camboriú — quando prometeu à turma do Manda Brasa que estarão juntos em 2026 — João Rodrigues, em entrevista à Rádio Chapecó, desdenhou da turma do 15.
“Na minha chapa, MDB não participa”, disse, em alto e bom som.
A justificativa: o MDB catarinense teria cometido um erro grave ao se alinhar ao presidente Lula. Citou até o deputado Carlos Chiodini, presidente estadual do partido, por votar favoravelmente a projetos do governo —, chamando-o de incoerente por ocupar uma secretaria no Governo do PL.
Não deve ser esse o mesmo pensamento do presidente do PSD, Eron Giordani, que até poucos dias se reunia periodicamente com dirigentes emedebistas, oferecendo ao MDB duas vagas na chapa majoritária: a vice e o Senado.
E, cá pra nós: como afirma João Rodrigues, se participar do governo Lula é pecado capital, ele deve trocar de partido urgente. Afinal, o PSD conta com três ministros na Esplanada: Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca).
E tem mais, ele esquece também, que o MDB faz parte da sua coligação na Prefeitura de Chapecó. Ou já está preparando a exoneração dos manda-brasas?
O resumo disso é que João Rodrigues, ao ver o MDB forte e unido, sentiu o golpe e saiu fazendo tudo o que a cartilha dos bons articuladores desaconselha: descartando possíveis aliados antes da hora.









