A Secretaria Municipal de Limpeza e Manutenção Urbana alerta aos visitantes de cemitérios municipais que não levem vasos e porta-velas que possam acumular água da chuva. Esses objetos serão retirados dos túmulos. O Cemitério São Francisco de Assis mantém vigilância constante para zerar os criadouros do mosquito Aedes aegypti.
De acordo com o diretor de Gestão de Óbitos e Cemitérios, André Brida, a direção do cemitério do Itacorubi antecipou-se e, desde logo depois das chuvas de novembro e dezembro, têm mantido força-tarefa para roçar e eliminar depósitos de água evitando que se tornem focos. ”Estamos todo dia virando vasos e limpando, o que no leva a pedir maior colaboração para combater a dengue”, afirma ele.
Em Florianópolis, há 365 pontos estratégicos de combate à dengue, aponta Marinice Teleginski, responsável pelo programa na Secretaria Municipal de Saúde. Ela explica que são locais com alta concentração de depósitos que podem se tornar criadouros de Aedes egypti, por conta do risco de acúmulo de água da chuva. São borracharias, sucatas, cemitérios e locais de triagem de reciclados.
Combate estratégico
Nos cemitérios, o risco é grande porque os visitantes insistem em deixar vasos de plantas com pratos, porta-velas fixados ou soltos e caixinhas de cimento que acumulam água quando estão de boca pra cima. É frequente encontrar larvas nesses locais, ao longo dos anos.
Pior é que, pela grande circulação de pessoas nos cemitérios, não pode ser feita a pulverização com produto residual que garantiria a eficácia do combate por dois meses. “Sempre há o risco de a pessoa tocar o local e sofrer irritação da pele, então o produto não é aplicado. Isso significa que as pessoas precisam ter mais consciência de não levar papel celofane, pratinhos e vasos que acumulem água porque podem se tornar criadouros”, recomenda a técnica da Saúde.
Como fazer para evitar depósitos
As principais medidas para evitar focos do mosquito em cemitérios são furar vasos e porta-velas, não utilizar plantas que acumulem água, como bromélias, retirar as embalagens plásticas e de celofane dos arranjos de flores e retirar os pratinhos dos vasos de planta. Essas ações evitam o acúmulo e fazem com que a água possa escorrer.