Conhecida como Síndrome do Olho Seco ou Doença do Olho Seco, essa enfermidade altera a qualidade e distribuição da lágrima na superfície ocular, causando sintomas como ressecamento, sensação de areia nos olhos e visão embaçada.
A síndrome pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais prevalente em indivíduos mais velhos, especialmente mulheres. Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da doença, como o uso prolongado de computadores, o uso incorreto de lentes de contato, ambientes com ar condicionado que deixam o ar mais seco e o uso de certos medicamentos, como antidepressivos, antialérgicos e anti-hipertensivos.
O tratamento do Olho Seco depende do tipo e da gravidade da condição e pode incluir o uso de colírios específicos, como lágrimas artificiais e géis, oclusão da drenagem das lágrimas com plugs ou termocauterização, além do uso de medicamentos sistêmicos, anti inflamatórios tópicos, óculos especiais ou lentes de contato esclerais, tratamento com luz pulsada e, em casos mais severos, cirurgia.
A Dra. Cláudia Nascimento, diretora clínica do Hospital de Olhos de Florianópolis (HOF), destaca a importância da higiene como medida preventiva. “Evite coçar os olhos, pois as mãos nem sempre estão limpas, remova a maquiagem antes de dormir, proteja os olhos da exposição solar e utilize colírios somente sob orientação médica”, recomenda. Segundo ela, “o desafio para evitar doenças oculares é avançar em campanhas de informação e prevenção”.
Para um diagnóstico preciso, é fundamental avaliar o tempo de ruptura do filme lacrimal, a osmolaridade e a coloração da superfície ocular com corantes específicos.